A Polícia Federal foi às ruas na manhã desta quinta-feira (11) na 80ª fase da Operação Lava Jato. Cerca de 15 policiais federais cumprem 5 mandados de busca e apreensão no Estado de São Paulo: três na capital e dois em Pindamonhangaba.
A investigação é um desdobramento das apurações iniciadas pela Operação Acarajé (23ª fase), na qual se comprovou que um representante de estaleiro estrangeiro, além de ter efetuado pagamentos ilícitos no exterior para agentes públicos e marqueteiros políticos, tinha realizado transferências a outros indivíduos até então não identificados. Os nomes do envolvidos não foram divulgados.
Serão também bloqueados e sequestrados R$ 5.261.100,00 dos acusados. Um dos alvos da operação celebrou um falso contrato de consultoria com o representante de um estaleiro estrangeiro, utilizando um empresa offshore constituída em paraíso fiscal. O esquema foi responsável em 2013 por pagamentos na ordem de um milhão de dólares.
O representante do estaleiro colaborou com as investigações. Os vínculos entre os dois e deles com o tesoureiro de um partido político também foram reforçados com dados de ligações telefônicas obtidas anteriormente com base em decisão judicial.
Identificou-se também no material apreendido, que teriam ainda ocorrido tratativas no ano de 2014 para pagamento de mais de 600 mil dólares ao investigado, valores que não teriam sido transferidos apenas por ocasião do receio gerado pela deflagração da Operação Lava Jato.
A 80ª fase recebe o nome de Operação Pseudeia por se referir, na mitologia grega, ao espírito da mentira, a qual faz alusão ao nome do investigado e ao emprego de expedientes falsos para justificar os recebimentos de valores no exterior.
O investigado responderá pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, dentre outros contra o sistema financeiro nacional.