Ressaca danifica quase 30 guaritas no litoral gaúcho

Quiosques também foram atingidos, conforme prefeituras do litoral Norte

Foto: CBRM / Divulgação

O tempo com ar mais seco e de alta pressão seguiu influenciando as condições do clima no Rio Grande do Sul, no fim de semana. Como consequência dessa combinação, o clima era convidativo para colocar o guarda-sol na areia e tomar banho de mar. Mas os estragos causados pela ressaca, que começou na sexta-feira e prosseguiu no sábado, em quiosques e guaritas no eixo Torres-Quintão, obrigou os veranistas a manterem cautela.

O comandante da Operação Verão do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), major Isandré Antunes de Souza, informou que, até este domingo, 28 guaritas foram danificadas pela alta do nível do mar: 13 na Praia do Cassino, no litoral Sul, e as demais em Arroio do Sal (4), Capão Novo (5), Capão da Canoa (2), Xangri-Lá (2),Tramandaí (1) e Balneário Pinhal (1). O major relata que o mar recuou um pouco, mas que as águas devem ter muitos dejetos de demolição, o que pode causar traumas físicos a quem se arriscar a entrar na orla.

“A bandeira vermelha continua vermelha e o banho não é recomendado”, advertiu. O major já tinha dado essa orientação há dois dias, reforçando para não levar crianças à beira mar, alerta que permanece válido, mesmo com a mudança de comportamento do mar, que está com ondas mais baixas. Segundo a Metsul, o domingo teve vento fraco a moderado com a ressaca do mar gradualmente cedendo após dois dias de grande agitação marítima causada pelo intenso ciclone no oceano. Conforme dados da Conexão Geoclima, o litoral catarinense também teve ressaca, em praias como a do Cardoso, em Laguna, e Balneário Rincão, no litoral Sul.

Os rastros da ressaca deixaram marcas expressivas em boa parte do Litoral Norte. Além disso, o fenômeno impediu as pessoas de usufruírem do mar em fim de semana de tempo quente. Em Capão da Canoa, na tentativa de aproveitar, os veranistas ficaram próximos à mureta que separa a faixa de areia do calçadão, mas o avanço de algumas ondas causou dispersão. Em Atlântida, muitos quiosques foram atingidos e levados pelo mar, mesmo nos momentos de recuo da maré. Em Imbé, a Prefeitura contabilizou pelo menos três quiosques destruídos e dezenas tiveram algum tipo de prejuízo.