Marcado para começar no próximo dia 28 de fevereiro, o Gauchão 2021 não deverá ter público, ao menos em suas primeiras rodadas, devido ao avanço da pandemia da Covid-19. No entanto, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, salienta que a entidade se prepara para o momento em que seja possível a volta dos torcedores e quer estar preparada com “protocolos efetivos”.
“A ideia não partiu da FGF. Evidente que temos interesse e não vejo problemas em pensarmos num retorno gradual da torcida no estádio. Entendo que no médio prazo, com diálogo, conversa e buscando a segurança da população em geral, sem colocar em risco tudo o que os governos municipais e estaduais fizeram em termos de combate a pandemia”, afirmou Hocsman.
De acordo com o mandatário, o tema não é uma novidade na entidade, que já vinha estudando a situação desde que o rumor surgiu para o Brasileirão 2020. “Vinhamos tratando com os clubes pois não adianta propormos um protocolo que só ficará no papel. É necessário estudo, inclusive da capacidade de cada estádio e qual porcentagem é segura. Temos de pensar distanciamento, no uso de máscara, se abre todo o estádio ou não”, enumerou as questões para que, no seu entendimento, o retorno do torcedor seja feito de uma forma segura. Hocsman recorda que, apesar do que os clubes e a FGF decida, a permissão deve partir dos governos estaduais e municipais no “tempo que eles entenderem ser possível”.
Outro tema sensível à edição 2021 está no calendário da Dupla Gre-Nal, que encerra o Brasileirão 2020 quatro dias antes do começo do estadual. Em caso de títulos de Grêmio, na Copa do Brasil, e Inter, no Brasileirão, a FGF precisará encontrar uma nova data para uma de suas rodadas, pois a Supercopa do Brasil, confronto dentre o campeão nacional e o da Copa do Brasil, ocorrerá durante o campeonato já em andamento. “Torcemos para que eles cheguem e vamos estudar a melhor forma. Temos uma data na manga, mas o ideal é mexermos o menos possível na tabela do Gauchão”.