O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) desconversou sobre uma eventual abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a condução da pandemia de Covid-19 no Congresso.
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, Pacheco disse aguardar a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello no Senado para sentir se há clima para abertura de uma investigação tendo o general como foco principal.
De acordo com Pacheco, o ministro Pazuello deve ser notificado nos próximos dias para que compareça ao Senado para prestar esclarecimentos sobre a condução da pandemia, principalmente com relação à crise sanitária em Manaus. Mais de 50 pessoas morreram na capital do Amazonas devido à falta de oxigênio nas unidades hospitalares.
“O requerimento foi aprovado por unanimidade pelo Senado ontem e o convite deve ser feito nos próximos dias. É preciso ouvir do ministro por quais os motivos Manaus enfrenta problemas tão graves em razão da segunda onda do coronavirus, que voltou com a perplexidade de não se ter condições mínimas de atender as pessoas.”
Para Pacheco, a fala de Pazuello pode determinar o clima para abertura de uma CPI da Covid, que já conta com o mínimo necessário de assinaturas para ser instalada. “O pedido de investigação já teve 31 assinaturas, mais do que o mínimo necessário. Faremos uma análise com o prazo permitido para saber se existe a necessidade de uma CPI. A estada dele (no Senado) vai contribuir para a necessidade ou não da instalação da CPI”, disse.
Auxílio emergencial
Questionado sobre a renovação de um auxílio emergencial voltado para pessoas que tiveram a renda impactada pela pandemia, Pacheco disse ter se reunido com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na noite desta quinta-feira, e que acredita em uma solução que consiga atender às pessoas em vulnerabilidade e, ao mesmo, tempo, “responsável” do ponto de vista econômico.
“Estou com muita expectativa de que tenhamos um protocolo fiscal do que vamos enfrentar e também fazer um programa social para ajudar as pessoas”, afirmou.
Pacheco não quis adiantar um valor para o auxílio emergencial, mas defendeu que ele seja adotado o “mais rapidamente possível”. “A pandemia não acabou e é fundamental que tenhamos uma assistência para as pessoas, seja o auxilio ou outra proposta. Agora, é preciso socorrer novamente, não na mesma quantidade, talvez, mas é preciso ter essa assistência social.”