O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira, que negocia a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin, vacina contra covid-19 fabricada pelo laboratório indiano Bharat Biotech. A pasta afirma que já comunicou a Precisa Medicamentos, representante brasileira do fabricante, que a contratação seguirá para análise jurídica. Há também a necessidade de aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O objetivo é ampliar a oferta de vacinas. Anteriormente, o governo já havia informado que negocia a aquisição de 30 milhões de vacinas, considerando a Covaxin e a Sputnik V, criada por um laboratório ligado ao governo da Rússia. Nesta sexta, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo negocia ainda com a Pfizer e Johnson & Johnson.
Covaxin
O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, recebeu nesta sexta representantes do laboratório indiano Bharat Biotech. Segundo o ministério, eles deram garantia de que o Brasil receberá 20 milhões de doses do imunizante, conforme o cronograma apresentado.
“Vamos partir agora no Ministério da Saúde para a análise jurídica do contrato. Pretendemos fazer a compra e a mais rápida distribuição no Brasil dessas vacinas importadas da índia. E sublinhamos ao fabricante que obtenha da Anvisa o quanto antes a aprovação para uso emergencial e temporário no país para que realizemos o pagamento e iniciemos a aplicação da vacina”, ressaltou o secretário.
A Precisa Medicamentos apresentou à pasta um cronograma de entregas que se iniciará 20 dias após a assinatura do contrato, com chegada ao Brasil de 4 milhões de doses. Quantidades iguais serão enviadas 30, 45, 60 e 70 dias após a formalização do entendimento.
A Anvisa informou nesta sexta que recebeu da Precisa pedido de autorização de pesquisa clínica de fase 3 para a vacina Covaxin, que é a etapa de testes com seres humanos. A resposta a esse tipo de pedido, juntamente com a análise da documentação requisitada pela agência, tem levado de 3 a 5 dias para acontecer.