A Vale incluiu, no acordo assinado com o Governo de Minas, R$ 6,3 bilhões que já foram pagos pela empresa. Com isso, dos R$ 37,7 bilhões firmados em acordo nesta quinta-feira (4), a companhia pagará, efetivamente, R$ 31,4 bilhões, ou seja, 84% do valor original. O montante se refere ao pagamento de auxílio emergencial, fornecimento de água e até remoção de rejeitos que vazaram da barragem da própria mineradora.
O documento foi assinado após audiência no TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), nesta quinta-feira (4), que contou com a participação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e representantes do Ministério Público e Defensoria Pública, TJMG e da própria mineradora.
Em novembro, o R7 revelou que a Vale pretendia incluir no acordo R$ 3,6 bilhões em valores que já haviam sido repassados ao Governo de Minas. Na época, a mineradora propôs pagar R$ 16,5 bilhões pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.
Abatimento
O Governo de Minas, MP e Defensoria Pública concordarão em abater os valores declarados pela Vale. De acordo com o documento, o valor de R$ 37,7 bilhões “corresponde à somatória das obrigações definidas neste termo e os valores indicados pela Vale como despesas já realizadas nas ações de reparação socioambiental e socioeconômica e a título de antecipação da indenização dos danos coletivos e difusos.”
Dentre os R$ 6,3 bilhões, informados pela própria Vale como já pagos, estão:
– Contenção de rejeitos: R$ 1,4 bilhão
– Remoção de rejeitos: R$ 860 milhões
– Reparação socioambiental: R$ 1,1 bilhão
– Fornecimento de água: R$ 150 milhões
– Moradia: R$ 41 milhões
– Auxílio emergencial: R$ 1,7 bilhão