O Epicovid19, estudo que busca estimar o número de pessoas que já contraíram o novo coronavírus no Rio Grande do Sul, vai te mais duas etapas, agora com novo método. A primeira vai ter início nesta sexta, seguindo até a segunda-feira. Além dos testes rápidos e entrevistas, que já faziam parte do estudo, um novo teste de anticorpos para a Covid-19 passa a ser incluído. O estudo é coordenado pela UFPel e pelo governo estadual.
O funcionamento da pesquisa segue o mesmo, com entrevistadores coordenados pelo Instituto de Pesquisa e Opinião. O grupo vai visiitar 4,5 mil residências em nove municípios gaúchos (Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Pelotas, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana). Os moradores são convidados a realizar os testes e responder a um breve questionário sobre ocorrência de sintomas e acesso a serviços de saúde.
Conforme o governo, o novo método de testagem desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se baseia em uma maior precisão do exame para identificar a presença de anticorpos para a Covid-19, especialmente em casos de infecção mais antiga. Em um estudo comparativo realizado pelos pesquisadores da UFPel, o teste batizado de S-UFRJ apresentou alta sensibilidade e estabilidade – em torno de 92% – para detectar anticorpos mesmo após cinco meses da infecção. Os testes rápidos já utilizados nos estudos populacionais mostraram quedas substanciais de sensibilidade para identificar anticorpos depois de três a quatro meses da infecção.
A partir de um único furo na ponta do dedo do participante, o entrevistador coleta as amostras tanto para o teste rápido quanto para o novo. No caso do S-UFRJ, três gotas da amostra sanguínea são depositadas em sequência em uma fita de papel filtro.