O MPF (Ministério Público Federal) informou nesta quarta-feira que a força-tarefa da Lava Jato no Paraná “deixa de existir”. Conforme a entidade, a operação passou a integrar o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Apesar disso, alguns dos integrantes da equipe paranaense passam a atuar no Gaeco, a fim de dar continuidade aos trabalhos.
Até o fim de janeiro, em sete anos de atuação, a Lava Jato do Paraná acumulou números significativos que revelaram crimes de corrupção marcados na história do Brasil. Foram 79 fases, 1.450 mandados de busca e apreensão, 211 conduções coercitivas, 132 mandados de prisão preventiva e 163 de temporária.
Esse trabalho permitiu a coleta de provas e materiais que embasaram 130 denúncias contra 533 acusados, que levaram a 278 condenações. Ao todo, as penas impostas chegam a 2.611 anos.
Por meio de acordos de colaboração e de leniência, mais de R$ 19 bilhões foram recuperados ao longo desses anos. Desse total, R$ 3 bilhões foram destinados à Petrobras e R$ 416,5 milhões aos cofres da União.
A mudança se deu após a publicação de uma portaria da PGR (Procuradoria-Geral da República) em dezembro de 2020. Quatro procuradores do Paraná foram integrados aos membros do Gaeco, com mandatos até agosto de 2022.
Dessa forma, o Gaeco agora passa a contar com nove membros, sendo que cinco deles se dedicarão aos casos que compunham o acervo da força-tarefa.