O governo brasileiro anunciou, no último sábado, que previa receber entre 10 e 14 milhões de doses da vacina da AstraZeneca pelo consórcio internacional Covax Facility. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quarta-feira, confirmaram que o país deve ser destino de 10,6 milhões de doses.
De acordo com a previsão da distribuição, o volume do imunizante a ser enviado ao Brasil é inferior ao que vai ser entregue a outros países emergentes, como Bangladesh, Índia, Indonésia, Nigéria e Paquistão.
Bangladesh e Nigéria, por exemplo, com populações menores que o Brasil, devem receber 12,7 milhões e 16 milhões de doses, respectivamente. A Indonésia recebe 16 milhões de doses e a Nigéria 17 milhões.
A Índia, com uma população de 1,3 bilhão de pessoas, vai ser destino de 97 milhões de doses e lidera a lista de países do consórcio que mais receberão imunizantes.
O objetivo do Covax é garantir a imunização de pelo menos 3% do total da população dos 145 países membros ainda no primeiro semestre deste ano. Essa meta é considerada suficiente para garantir que os grupos mais vulneráveis e os profissionais da saúde estejam imunes à Covid-19
O Brasil enfrenta um atraso no fornecimento da matéria-prima necessária para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) possa produzir os 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford previstas para este semestre. Os insumos necessários seguem sem previsão para serem enviados da fábrica da WuXi Biologics, na China, parceira da AstraZeneca.