Pacientes com Covid-19 vindos de Rondônia devem chegar ao RS na próxima madrugada

Cinquenta leitos estão disponíveis. Entretanto, o número de pessoas acolhidas é incerto

Treze pacientes já foram transferidos, em um voo da FAB, para Curitiba. Foto: Ministério da Defesa/Divulgação

O Rio Grande do Sul deve receber, na madrugada da quarta-feira (27), os primeiros pacientes com Covid-19 vindos de Rondônia. As transferências serão feitas em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) – com previsão de pouso, em solo gaúcho, entre o final da noite e as primeiras horas da manhã.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), cinquenta leitos estão disponíveis. Entretanto, o número de pessoas acolhidas é incerto, já que depende da aceitação dos pacientes e familiares. “Interrogados, a maioria dos não quis ir”, informou o secretário de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, na nota divulgada ontem à noite.

Na manhã de hoje, treze pessoas que estavam em atendimento em UPAs, no Hospital de Campanha de Porto Velho e no Centro de Medicina Tropical (Cemetron) chegaram a Curitiba. Os transferidos apresentam sintomas leves e moderados, mas precisaram ser removidos por precaução, a fim de evitar que seus quadros clínicos se agravassem.

O governo de Rondônia afirma que ampliou o número de leitos hospitalares no estado, inclusive com a abertura de um hospital de campanha exclusivo para atendimento aos pacientes da covid-19. O estado chegou a receber pacientes vindos do Amazonas. No entanto, faltam profissionais de saúde, principalmente médicos.

Pacientes ficarão em alas separadas

Trinta das vagas oferecidas pelo governo gaúcho aos pacientes de Rondônia ficam em Porto Alegre: dez no Hospital de Clínicas, dez no Hospital Vila Nova e dez no Grupo Hospitalar Conceição – instituição que optou por deixar os transferidos em um espaço à parte. O isolamento será mantido até que seja identificada a cepa do vírus que os infectou.

“Essa já é uma unidade de Covid-19, então a equipe está preparada. Separamos dez leitos para receber os pacientes de Rondônia. A equipe que vai atender é da infectologia, mas também temos enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas à disposição”, relata a assistente de coordenação da área de isolamento, Katsuy Meotti Doi Bohrer.

Canoas, que se prepara para receber 20 pessoas do Norte do país no Hospital Universitário, também optou pelo regime de isolamento. A principal preocupação dos profissionais é com a variante descoberta em Manaus, supostamente mais contagiosa do que a presente no Rio Grande do Sul.