O Ministério da Saúde definiu a distribuição das 1.999.960 doses da Oxford/AstraZeneca adquiridas na Índia, entregues ontem ao Brasil. Do total, o Rio Grande do Sul vai receber 116 mil doses, que chegarão através de avião na manhã deste domingo. A previsão é que a aeronave, que vai trazer os imunizantes para o solo gaúcho, saia do Rio de Janeiro por volta das 7h35min e chegue ao Rio Grande do Sul às 9h35min.
O Ministério da Saúde prevê iniciar e concluir a distribuição de todos os imunizantes ainda neste domingo. O Rio Grande do Sul está entre os seis estados que receberão mais de 100 mil doses: São Paulo fica com 501.960 doses; Minas Gerais com 190.500; Rio de Janeiro com 185.000; Amazonas com 132.500; e Bahia com 119.500. Na outra ponta, Roraima (4.000), Acre (5.500) e Amapá (6.000) recebem os menores volumes do imunizante de Oxford.
De acordo com a diretora do Departamento de Ações de Saúde do governo do Estado, Ana Costa, a logística vai ser semelhante à colocada em prática no recebimento do primeiro lote da Coronavac, na noite de 18 de janeiro. Contudo, o recebimento do imunizante da Oxford/AstraZeneca vai demandar uma separação mais minuciosa, que evite que doses de laboratórios diferentes se misturem.
O avião com as 2 milhões de doses da vacina chegou em solo brasileiro na noite dessa sexta. Após o descarregamento no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, os imunizantes foram encaminhados ao laboratório Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. Na estrutura pertencente à Fiocruz, as doses passaram pelo trabalho de rotulagem e checagem de qualidade e segurança.
Chegando ao Rio Grande do Sul, as doses passarão por uma nova etapa de separação e armazenamento, obedecendo as especificidades de cada laboratório. A diretora Ana Costa ressaltou que esse trabalho precisa de muita atenção para que não sejam aplicadas duas doses de vacinas distintas em uma pessoa. Até o momento, o Rio Grande do Sul recebeu 341,8 mil doses da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
Armazenado em caixas com controle de temperatura, o material da Oxford vai ser distribuído às 18 Coordenadorias de Saúde, que farão a entrega aos municípios gaúchos. “O tempo depende muito porque alguns podem optar por buscar as doses direto na sede da coordenadoria”, lembrou a diretora.