Eduardo Leite deve se reunir com fabricante da Sputnik V na terça-feira

Político estará em São Paulo para agenda com outros governadores, na sede do banco Credit Suisse

Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

As negociações do Rio Grande do Sul com a farmacêutica União Química – responsável pela produção da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V, no Brasil – podem dar mais um passo na próxima semana. Isso porque o governador Eduardo Leite (PSDB), que já tem agenda em São Paulo na terça-feira (26), deve aproveitar a viagem para se reunir com representantes da empresa.

O primeiro contato do Palácio Piratini junto à fabricante foi feito ontem, em uma reunião virtual que contou com a participação de representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em entrevista ao Correio do Povo, Leite adiantou que a Sputnik V é avaliada como alternativa à distribuição de vacinas do Ministério da Saúde, que enfrenta resistências para a importação de insumos.

A compra, entretanto, só vai acontecer após o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – que, no último sábado, declarou que a documentação entregue pela União Química não cumpria os requisitos básicos para a aprovação emergencial. A farmacêutica se reuniu, ao longo da semana, com representantes da reguladora, mas não enviou um novo pedido de avaliação.

Ernani Polo assumirá, interinamente, o cargo de governador

Considerado um importante aliado de Eduardo Leite na Assembleia Legislativa, o deputado Ernani Polo (PP), que preside a Casa até o início do mês de fevereiro, ocupará o cargo de governador interino entre a segunda e a terça-feira. O vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, entrará em férias – deixando o líder do parlamento na chefia do Executivo.

“Para mim, é uma honra muito grande poder estar à frente do governo do Estado. Nesses dois dias à frente do Palácio Piratini, vamos procurar desenvolver nossas ações sempre com o mesmo diálogo e com o compromisso com o bem público, como realizamos na presidência do Parlamento gaúcho”, afirma Polo.

A transmissão temporária do cargo de governador é considerada uma forma de deferência ao ao presidente do Legislativo, e vem se tornando cada vez mais comum no Rio Grande do Sul. A prática se repete, pelo menos, desde a gestão de José Ivo Sartori (MDB) no Palácio Piratini.