Pazuello diz que soube da falta de oxigênio em Manaus só no dia 8

Ministro da Saúde disse que o oxigênio estava equilibrado, mas houve uma alta muito grande nas internações por Covid-19

Ministro concedeu coletiva nesta segunda-feira | Foto: Euzivaldo Queiroz / Especial MS / Divulgação / CP

O ministro Eduardo Pazuello explicou a situação do Amazonas durante entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira. Ao lado, do governador do estado, Wilson Lima (PSC), ele disse que só ficou sabendo da falta de oxigênio no dia 8 de janeiro, depois que a empresa White Martins avisou o governo estadual.

“No dia 8 de janeiro tivemos a compreensão a partir de uma carta de que poderia haver falta de oxigênio se não houvesse ações que mitigassem o problema, mas aquela foi uma surpresa tanto para o governo do estado quanto para nós. Até então o assunto oxigênio estava equilibrado pela própria empresa, mas a velocidade das internações foi muito grande”, explicou o ministro.

De acordo com ele, o consumo de oxigênio no Amazonas chegou a quintuplicar, o que tornou difícil o fornecimento para suprir a demanda. Segundo ele, o governo federal “fez e vai continuar fazendo” o necessário para atender o estado.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou que teme agravamento do quadro no estado. “Nós temos uma preocupação sobretudo para o mês de fevereiro, historicamente é o mês onde há a mais quantidade de SRAG ( Síndrome Respiratória de Aguda Grave ). Nós estamos nos preparando e antevendo”, afirmou.

O Ministério da Saúde entregou o plano de operação do combate à Covid-19 no Amazonas ao STF (Supremo Tribunal Federal) no último, após pedido do ministro Ricardo Lewandowski, na última sexta-feira. O documento será divulgado a partir desta segunda-feira (18) no site do Ministério da Saúde.