Metalúrgicos fazem ato hoje contra fechamento da Ford

Trabalhadores em Camaçari (BA) e Taubaté (SP) marcaram manifestação e querem mobilizar o poder pública para evitar demissões

Foto: Ford/Divulgação

Os funcionários da Ford em Camaçari (BA) e Taubaté (SP) marcaram manifestações para a manhã desta terça-feira (12) contra o fechamento das fábricas da Ford no Brasil e a demissão de cerca de 5 mil funcionários. Eles querem mobilizar prefeituras e governos estaduais e federal para evitar os cortes da montadora.

A montadora, que já tinha encerrado, em 2019, a produção em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, comunicou que vai fechar neste ano as demais fábricas no país: Camaçari, onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté, que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller.

Serão mantidos no Brasil a sede administrativa da montadora na América do Sul, em São Paulo, o centro de desenvolvimento de produto, na Bahia, e o campo de provas de Tatuí (SP). Com isso, a Ford encerra a produção no país.

Os metalúrgicos de Taubaté fizeram assembleia na tarde desta segunda-feira (11) para definir as medidas contra a empresa. Eles aprovaram a mobilização, prevista para esta terça, às 8h, na montadora. Só na fábrica de Taubaté são mais de 700 mil funcionários.

Eles afirmam que a Ford não poderá demitir porque está vigente um acordo que prevê estabilidade na unidade até 31 de dezembro de 2021. A reunião foi marcada por um clima de indignação, por causa da decisão da montadora em meio à pandemia de coronavírus.

O prefeito de Taubaté, João Saud (MDB), lamentou o encerramento da fábrica e disse, em nota, que já procurou governo do estado para buscar alternativas.