O secretário de Saúde de São Leopoldo, Marcel Frison, divulgou, na tarde desta sexta-feira, através de uma coletiva online, as diretrizes para vacinação contra a Covid-19 no município. Nesta primeira fase da campanha, o objetivo será imunizar 32 mil pessoas, entre idosos acima de 75 anos ou que estão em asilos; 4 mil trabalhadores da saúde, tanto da rede pública quanto privada; e ainda 200 indígenas que vivem na região. O planejamento não distingue muito do Plano Nacional de Imunização. Na realidade, segue os mesmos critérios apenas diferenciando na antecipação da vacinação dos professores, que deve ocorrer já na segunda fase no município.
Ao todo, serão aplicadas 64 mil doses nos primeiros meses de campanha, já que são necessárias duas doses para plena imunização de quem recebe a vacina. Ainda não há uma data específica pra o início da aplicação do imunizante, já que São Leopoldo ainda aguarda a autorização do uso da Coronavac no país e uma sinalização do governo federal para definição de uma data. “Nosso objetivo é trabalhar com o cronograma federal, mas queremos acelerar esse processo aqui na região”, afirmou o Marcel Frison.
“Houve uma morosidade por parte do governo para garantir a vacinação, logo nós tomamos todas as providências para garantir a vacinação da população de São Leopoldo”, afirmou o secretário durante o evento online. Frison, além de criticar a demora do governo federal na divulgação de um calendário final, também opinou que as últimas ações do Ministério da Saúde e do presidente Jair Bolsonaro “fazem com que as pessoas percam tempo”. “O governo acaba atrapalhando algo que os brasileiros já são acostumados, a vacinação. As campanhas de vacinação já são uma conquista do sistema de saúde brasileiro, independente do governo que está no poder. O que foi feito agora é confundir as pessoas”, afirmou.
São Leopoldo pretende adquirir, segundo produção e disponibilidade de comercialização do imunizante pelo Instituto Instituto Butantan, 87 mil doses da Coronavac. O prefeito da cidade, Ary José Vanazzi, visitou sede do instituto em São Paulo e, junto aos prefeitos gaúchos, assinou um protocolo de intenção de compra no ano passado. Para garantir a imunização, São Leopoldo já integra uma ata com a intenção de compra de seringas e agulhas dos municípios do Vale do Sinos.
Para viabilizar o processo de vacinação serão utilizadas 18 salas que já possuem essa finalidade específica no município; 10 pontos de referência que serão criados com o auxílio das zonas do orçamento participativo; e ainda um drive-thru no ginásio municipal de São Leopoldo. “O local já foi utilizado como drive-thru da campnha de vacinaçaõ da gripe e deu certo. Queremos evitar qualquer possível contaminação no momento da imunização”, afirma o secretário de saúde.
