Um levantamento feito pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado do Rio Grande do Sul (Sivergs) apontou que 57% das indústrias do setor ainda sentem falta de algum material. Entre as principais respostas do estudo, algumas empresas apontaram falta da matéria-prima principal, como tipos de panos ou malhas, insumos, além do atraso no recebimento desses produtos, uma vez que os prazos de entrega têm sido, em média, de 90 dias.
De acordo com o Sivergs, isso ainda ocorre por conta da interrupção na cadeia produtiva, que foi diretamente afetada pela pandemia no ano passado. Para o diretor de comunicação da entidade, Rogério Bertoli, ocorreu um “efeito dominó”, e que, com isso, as empresas devem demorar mais um período para retomar o estágio de normalização.
“Está começando um movimento de melhora, mas ainda temos algumas dificuldades, pode ter uma malha e não ter um tecido plano, ou ter os aviamentos (acessórios de enfeite ou para completar as peças) e não ter uma caixa ou o saco para a embalagem, pontuou Bertoli.
Mesmo assim, o sindicato está montando uma consulta junto às empresas sobre o planejamento do setor para 2021, tendo em vista a realização da edição de inverno do RS Moda deste ano, que ocorrerá em Gramado no final de janeiro, que terá como foco o lançamento das coleções de Outono/Inverno. Ainda conforme o diretor, a realização do evento será um balizador para que a entidade tenha uma visão melhor da situação do setor no Estado.
