A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta sexta-feira (8), o pedido de autorização para uso emergencial da vacina CoronaVac. A solicitação foi realizada pelo Instituto Butantan – que, no Brasil, conduz os estudos da vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, e vai produzir o imunizante no país.
A Anvisa afirma que já iniciou a triagem dos documentos apresentados na solicitação. “As primeiras 24h serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se todos os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode pausar o prazo e solicitar as informações adicionais ao laboratório”, informou.
A agência terá dez dias para aprovar o pedido. Na quinta-feira (7), o Butantan apresentou os resultados dos testes da fase 3 dos estudos clínicos realizados no Brasil com a CoronaVac. O imunizante mostrou 78% de eficácia para proteger contra casos leves de covid-19 e 100% em relação a quadros graves e moderados da doença.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que assinou acordo com o instituto para a compra de totalidade da produção da CoronaVac, que sera usada em todo o SUS. “Toda a produção do Butantan serão, a partir deste momento do contrato, incorporadas ao Plano Nacional de Imunização. Serão distribuídas de forma equitativa e proporcional a todos os estados, como cada uma das vacinas da AstraZeneca”, declarou.
Ainda conforme Pazuello, o Butantan se comprometeu a entregar 46 milhões de doses da vacina contra a covid-19 até abril. Outras 54 milhões serão disponibilizadas no restante do ano, totalizando 100 milhões de doses, que é a capacidade total da fábrica.