Polícia Civil de Santa Catarina autua em flagrante dupla que executou dois gaúchos em Canasvieiras

Um terceiro ficou ferido, sendo que todos eram de Caxias de Sul

Foto: Polícia Civil do Rio Grande do Sul/Divulgação

A Delegacia de Homicídios (DH) de Florianópolis autuou em flagrante os dois autores do atentado ocorrido no domingo passado contra três indivíduos, todos de Caxias do Sul, na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha. As vítimas estavam em um Ford Fusion que entrava de ré na vaga de estacionamento em frente de um hotel residencial, localizado na rua Vasco de Oliveira Gondin, distante cerca de uma quadra do mar. Os criminosos se aproximaram então do veículo. Imagens de uma câmera de monitoramento registraram quando um deles atirou várias vezes à queima-roupa para dentro do carro.

A dupla suspeita foi presa pela Polícia Militar horas depois, ainda no domingo, quando fugia pela rodovia SC 401, em direção à área central da Ilha, após abandonarem um Fiat Siena, com registro de roubo, na rua Madre Maria Villac, em Canasvieiras.

Nove pessoas já prestaram depoimento no inquérito policial presidido pelo delegado Alan Marinho. As investigações terão prosseguimento. Segundo os agentes da DH, várias informações estão sendo trocadas com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul a respeito dos envolvidos.

Os policiais civis catarinenses apuraram que as vítimas estavam com suas famílias em Florianópolis depois de ganharem o benefício judicial de liberdade condicional. Os dois mortos, de 33 e de 29 anos, tinham antecedentes por ataques a bancos, sendo integrantes em 2016 da quadrilha do Samuca que atacou agências nas cidades de Nova Roma do Sul e Monte Belo do Sul.

Já a terceira vítima ficou ferido, de 40 anos, também com ficha criminal, foi internada no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis. O trio atuava atualmente no tráfico de drogas em Caxias do Sul.

A mesma situação é da dupla de assassinos, também gaúchos, de 22 e de 26 anos, que possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas, homicídio e roubo. Para a Polícia Militar de Santa Catarina, o atentado foi um acerto de contas no âmbito da guerra entre facções rivais envolvidas com o tráfico de drogas no Rio Grande do Sul.

Já o Instituto Geral de Perícias de SC examina duas pistolas calibres 9 milímetros, de fabricação austríaca, com carregadores e munições, além de roupas, bonés e óculos usados no crime, na execução. O material havia sido abandonado em um matagal, próximo do local onde o Fiat Siena foi deixado pela dupla.

Na madrugada desta segunda-feira, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Caxias do Sul evitou que um grupo criminoso rival das vítimas invadisse a residência de um dos dois mortos na cidade. Na casa vazia, no bairro Vila Leon, a equipe do delegado Luciano Righês Pereira apreendeu milhares de poções de crack prontas para venda, um tijolo de cocaína pura, pequenas poções de maconha e cerca de R$ 9 mil em dinheiro. Os entorpecentes foram avaliados em torno de 30 mil.