Os dois laboratórios farmacêuticos da Índia que encabeçam a produção de vacinas contra a Covid-19 no país, Instituto Serum da Índia e Bharat Biotech, emitiram um comunicado conjunto nesta terça-feira em que abrem caminho para a exportação de imunizantes. “Comunicamos nossa intenção de desenvolver e fornecer vacinas contra a Covid-19 para a Índia e globalmente. O mais importante é salvar vidas na Índia e no mundo. Vacinas são um bem público de saúde mundial e têm o poder de salvar vidas”, diz a nota.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar dois milhões de doses da vacina de Oxford produzida na Índia a fim de realizar a imunização no Brasil contra a doença ainda este mês. As vacinas seriam compradas prontas do Instituto Serum, da Índia, segundo a Fiocruz. Mas o Instituto havia afirmado para agências de notícias internacionais no domingo que só permitiria as exportações a partir de março.
Diante disso, a Fiocruz recorreu ao Ministério das Relações Exteriores para tentar garantir as primeiras doses da vacina. O Instituto Serum é o maior produtor de imunobiológicos do mundo, que fabrica, inclusive, a vacina tríplice viral utilizada no Brasil. O objetivo do governo indiano, segundo o diretor-executivo do Serum, Adar Poonawalla, é garantir as primeiras 100 milhões de doses de produção local.