Polícia Civil encontra droga e dinheiro na casa de um dos mortos em Santa Catarina

Autores do crime que deixou dois mortos e um ferido na praia de Canasvieiras estão presos

Houve apreensão de milhares de poções de crack, um tijolo de cocaína pura, poções de maconha e cerca de R$ 9 mil em dinheiro. Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Caxias do Sul agiu rápido e impediu que um grupo criminoso invadisse a residência de um dos dois mortos a tiros no início da tarde de domingo na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha de Florianópolis, em Santa Catarina. Na madrugada desta segunda-feira (4), a equipe do delegado Luciano Righês Pereira foi até a casa vazia, situada no bairro Vila Leon.

Na moradia, os agentes apreenderam milhares de poções de crack prontas para venda, um tijolo de cocaína pura, pequenas porções de maconha e cerca de R$ 9 mil em dinheiro, além de munições e outros objetos. Os entorpecentes foram avaliados em torno de 30 mil. As investigações terão prosseguimento.

Com a ação, os policiais civis impediram que o grupo criminoso rival se apossasse do material armazenado por um dos mortos em Florianópolis e que abastecia uma facção criminosa em Caxias do Sul. Conforme apurou a equipe da Draco, as duas vítimas executadas e uma terceira que ficou ferida em Canasvieiras atuavam no tráfico de drogas na Serra. Ambos os indivíduos mortos tinham um passado de envolvimento em ataques a bancos, sendo integrantes em 2016 da quadrilha do Samuca que atacou por exemplo agências nas cidades de Nova Roma do Sul e Monte Belo do Sul.

Prisões

Já a Polícia Militar de Santa Catarina confirmou as prisões dos dois autores das execuções ocorridas quando as três vítimas, todas de Caxias do Sul, manobravam um Ford Fusion de ré para estacionar na vaga em frente de um hotel residencial, localizado na rua Vasco de Oliveira Gondin, distante cerca de uma quadra do mar, em Canasvieiras.

Após oito horas de buscas, os dois responsáveis pelo atentado foram capturados na noite de domingo pelos policiais militares do 21º BPM quando fugiam pela rodovia SC 401, em direção à área central da Ilha. Ambos, de 22 e de 26 anos, são também gaúchos e possuem ficha criminal por narcotráfico e homicídios. Ele seriam do grupo rival das vítimas.

Duas pistolas calibres 9 milímetros, de fabricação austríaca, com carregadores e munições, além de roupas, bonés e óculos usados no crime, já tinham sido recolhidas horas antes. Elas estavam em um matagal próximo do local onde um Fiat Siena, com placas de Farroupilha mas que ostentava as de um modelo idêntico de São Leopoldo, foi abandonado após o crime na rua Madre Maria Villac, em Canasvieiras.

Os dois mortos, de 33 e de 29 anos, foram alvos de dezenas de tiros ainda dentro do Ford Fusion. Já o ferido, de 40 anos, também com antecedentes criminais, permanece internado no Hospital Celso Ramos. Dois deles estavam em progressão para o regime aberto. Para a Polícia Militar de Santa Catarina, o atentado foi um acerto de contas no âmbito da guerra entre facções rivais envolvidas com o tráfico de drogas no Rio Grande do Sul.