Melo defende “melhorar astral de Porto Alegre”, começando pelo Centro

Prefeito falou em governar para todos os bairros, mas quer "embelezar" área central

Foto: Ricardo Giusti/CP

O prefeito Sebastião Melo repetiu várias das propostas para governar Porto Alegre ao receber o cargo de Nelson Marchezan Jr., nesta sexta, no Largo Glênio Peres, mas focou parte do discurso no Centro Histórico. “Precisamos melhorar o astral de Porto Alegre, embelezar nossa cidade”, enfatizou.

“Vamos colocar flores, pintar os prédios, melhorar o Centro”, acrescentou. “Estou disposto a conversar com quem cuida melhor da pintura das construções”, reforçou.

Além disso, o prefeito projetou recolocar o Mercado Público como prioridade. “Precisa ser devolvido o mais rápido possível, com seu segundo andar. Aqui está a alma da cidade”, destacou.

Melo falou em ser “prefeito de todos os bairros”, mas prirorizou cuidar do Centro, “onde é a sede do governo”.

Modernização

Melo apontou, ainda, que vai buscar uma modernização na burocracia, comunicação e acordos da gestão municipal, inspirado pelo que se aprendeu durante o isolamento da pandemia.

“Será que são necessárias tantas viagens para São Paulo e Brasília se resolvemos com videoconferência? Será que um governo precisa pedir dentro de uma repartição, ou pode obter o documento de forma digital?”, questionou.

Para isso, o prefeito também prometeu quebrar o monopólio da Procempa: “Ela vai concorrer em pé de igualdade com os que fazem a inovação no mundo. Se ela fizer melhor, é com ela. Senão, será com o setor privado.”

Ao comentar programas assistenciais, Melo ponderou que a prefeitura deve ter um papel de mediação. “Assistência social se faz com parceiros, não é estatal. É preciso alinhar com o governo federal e estreitar parcerias, numa grande rede que nossa cidade já possui. Também temos que ampliar os restaurantes populares para outras áreas, onde as pessoas mais necessitadas busquem alimentação digna”, declarou.

O prefeito reforçou o compromisso de “manter a cidade aberta”. “[A economia] Já passou por grandes dificuldades, não há mais espaço para fechar”, afirmou. Ao mesmo tempo, ele garantiu lutar pela vacina contra a Covid-19. “Se o governo federal deixar escapar uma vírgula de que não vai comprar, vamos fazer um consórcio entre os municípios da região Metropolitana. Mas precisa também do governo do Estado.”