Vacinação pode começar em 20 de janeiro, projeta Ministério da Saúde

Possível data é estimada pelo secretário executivo da pasta, Élcio Franco

Secretário Élcio Franco. Foto: Erasmo Salomão / Ministério da Saúde / Divulgação

A vacinação contra a Covid-19 pode começar no dia 20 de janeiro, segundo o Ministério da Saúde. Se não for possível, em um cenário “médio”, a imunização pode ter início entre esta data e 10 de fevereiro. Em um cenário menos favorável, a vacinação no Brasil pode ocorrer a partir de 10 de fevereiro.

As projeções foram apresentadas pelo secretário executivo da pasta, Élcio Franco, em entrevista coletiva nesta terça-feira na sede do órgão, em Brasília. Franco destacou que o melhor cenário depende de uma conjunção de aspectos, especialmente dos laboratórios com vacinas em desenvolvimento cumprirem os requisitos de registro, seja emergencial ou definitivo.

“Isso [a vacinação no dia 20 de janeiro] vai depender de uma série de fatores, inclusive de logística, e dos laboratórios estarem em dia com o seu processo de submissão contínua e do processo de registro com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não depende de nós, depende do laboratório cumprir com a sua parte”, declarou.

Países como Estados Unidos, Reino Unido e nações da União Europeia já iniciaram a imunização contra a Covid-19. Na América do Sul, a Argentina começou a aplicar um imunizante contra a doença em públicos prioritários nesta terça-feira.

Uma das opções cogitadas pelo Ministério da Saúde para a imunização da população brasileira é a vacina desenvolvida pela Pfizer – já autorizada nos Estados Unidos e na Europa. Mas até agora a empresa não deu entrada no pedido de autorização emergencial.

Na segunda, a farmacêutica divulgou nota na qual afirmou que participou de reunião com a Anvisa no dia 14 de dezembro para “esclarecer dúvidas sobre o processo de submissão para uso emergencial” e que a solicitação não ocorreu até agora porque as “condições estabelecidas pela agência requerem análises específicas para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação.”

Segundo a Pfizer, entre as condições exigidas está o levantamento de dados sobre aplicação da vacina em cidadãos do país. Em agências de outras nações, acrescentou a nota da empresa, a análise não distingue uma população específica – o que o Ministério da Saúde rebateu.

A Pfizer argumentou ainda que o processo demanda apresentação do quantitativo de doses, o que só pode ser definido após a celebração de um contrato definitivo.