A secretária estadual de Saúde, Arita Bergman, considerou a inclusão dos professores no grupo prioritário do plano preliminar de vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul. A solicitação, feita em videoconferência na tarde desta terça-feira, partiu da Comissão Representativa responsável pela Assembleia Legislativa durante o recesso parlamentar.
Arita lembrou os deputados de que a criação de um plano estadual depende ainda da aprovação do Ministério da Saúde e do registro na Anvisa dos imunizantes em teste. Além disso, só vai ser implantado um cronograma estadual caso o governo federal não apresente um plano de nível nacional.
Uma segunda reunião para atualizar a situação das vacinas deve ocorrer entre 11 e 14 de janeiro. Atualmente, o grupo prioritário, no projeto elaborado pelo Ministério da Saúde, é composto apenas de idosos e trabalhadores da saúde. Porém, a secretária informou, durante a reunião, que a ideia, no Rio Grande do Sul, é incluir, ainda na primeira fase, educadores e pessoas privadas de liberdade.
Segundo o deputado estadual Pepe Vargas (PT), a possível retomada das aulas de forma presencial em fevereiro de 2021, representa uma preocupação para os educadoreas. Ao votar a favor do projeto que manteve a majoração das alíquotas de ICMS até o fim de 2021, na semana passada, a bancada do PT apresentou como contrapartida a apresentação, pelo governo, de um plano de vacinação estadual.
No início do mês, o governador Eduardo Leite afirmou que confia ao Ministério da Saúde a aquisição e distribuição das doses de vacina contra a Covid-19 em todo o território nacional. Mesmo assim, pediu uma “comunicação clara” sobre as estratégias em relação à campanha. Apesar disso, Leite disse estar em negociação com o Instituto Butantan, que vai produzir a Coronavac no Brasil, para a compra de doses a serem destinadas aos profissionais da saúde.
*Flávia Simões, com a supervisão de Mauren Xavier