O Hospital Moinhos de Vento segue adotando medidas restritivas de atendimento por conta do aumento de casos de coronavírus na Capital e no Rio Grande do Sul. Nesta segunda-feira, 28, a casa de saúde está completando 46 dias desde que passou a limitar o atendimento de pacientes com suspeita de infecção por Covid-19 com sintomas leves ou quadro de menor gravidade. Essas medidas foram definidas pelo Comitê de Enfrentamento da Covid-19 da instituição no dia 13 de novembro.
Conforme a assessoria de imprensa do hospital, não há previsão para a normalização do serviço devido à ocupação máxima dos leitos de internação e do Centro de Terapia Intensiva (CTI) reservados para o tratamento de pacientes infectados pela doença, além das dificuldades de ampliação do número de leitos de retaguarda.
Até o final da manhã de hoje, o atendimento na Emergência no Hospital Ernesto Dorneles também estava com atendimento restrito devido à superlotação.
Hospitais da Capital retomam atendimentos aos poucos
A situação vivida no Hospital Moinhos de Vento não era isolada. Há 15 dias, ao menos outros quatro hospitais de Porto Alegre tinham adotado algum tipo de restrição. No entanto, aos poucos as casas de saúde vêm retomando a rotina.
O Hospital Conceição segue apenas com as cirurgias eletivas comuns suspensas por prazo indeterminado. Já o Mãe de Deus flexibilizou as restrições de atendimento na Emergência e no Espaço Azul, local exclusivo para pacientes com sintomas gripais. Mas segue vigente a restrição a pacientes classificados como não urgentes e pouco urgente. Conforme a assessoria do hospital, essas pessoas são orientadas a buscar por atendimento ambulatorial via telemedicina. No último dia 13, a instituição abriu oito leitos extras para tratamento intensivo.
Enquanto o Hospital de Clínicas tem avaliado diariamente suas restrições, desde o fim de novembro, o Serviço de Ambulatório mantém sintonia com os demais serviços médicos, para manter a assistência com o reforço maior em teleconsultas, considerando as especificidades de cada paciente. Além disso, o agendamento de cirurgias eletivas essenciais, além de procedimentos de urgência e emergência estão mantidos. Já o Centro Cirúrgico Ambulatorial trabalha com capacidade operacional menor que a habitual, mas está atendendo todos os tipos de procedimentos, inclusive os que não são tempo-sensíveis.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Hospital Divina Providência, que informou que não há restrições e que o tempo de espera para atendimento na emergência era de aproximadamente 18 minutos.
Já as assessorias de imprensa do Instituto de Cardiologia e do Hospital Vila Nova não retornaram os contatos.