O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn , disse na noite desta quinta-feira, 24, que a eficácia da Coronavac não chegou a 90%. A declaração foi dada em entrevista à Rádio CBN. Ele reforçou, assim como divulgado nesta quarta-feira, 23, que o imunizante atingiu o patamar mínimo exigido de 50%, mas o porcentual exato ainda não foi revelado.
“Não atingiu 90%. Nós não sabemos o quanto acima de 50% ficou, se foi 60%, 70% ou 80%. Mas eles estão em níveis que nos permitem fazer redução de impacto de doença na nossa população, diminuindo o número de pessoas com doença grave e que infelizmente vêm a morrer”, declarou.
O secretário disse que o patamar abaixo dos 90% já era esperado em razão do método utilizado para a fabricação da vacina, que usa o vírus inativado para provocar a defesa do corpo humano. “Sabíamos que a efetividade jamais atingiria 90%, mas o que nós não imaginávamos era que a empresa queria e objetivava um resultado muito próximo em todos os países e não somente em um ou outro país”, explicou.
A divulgação do porcentual de efetividade estava marcado para ocorrer nesta quarta-feira, 23, mas o governo adiou o anúncio pela quarta vez. A gestão do governador João Doria (PSDB) justificou o novo adiamento, dizendo que a Sinovac solicitou os números para fazer novas análises, com um prazo de 15 dias. Nesta quinta-feira, a Turquia disse que os testes com a Coronavac no país mostraram eficácia de 91% .
Para Gorinchteyn, o fato de a vacina ter atingido o porcentual acima do mínimo já tem a sua importância no combate à pandemia. “Obtermos a eficácia foi extremamente importante principalmente num momento como esse em que temos recrudescência da pandemia em nosso país, no nosso Estado, com incremento das ocupações de leito e mortes”, disse, pontuando que mesmo nos grupos para os quais a eficácia não seja completa, ela poderá representar um abrandamento da doença, com reflexos em menos internações e óbitos.