Gestores municipais representados pela Frente Nacional dos Prefeitos decidiram não esperar pela gestão centralizada do ministério da Saúde para iniciar a vacinação contra a Covid-19. Diante da busca individualizada de prefeitos eleitos de grandes capitais e de governadores estaduais, que vêm se reunindo com o governador de São Paulo, João Doria, e firmando compromissos de compra da CoronaVac, a FNP deve assinar, amanhã, um termo em que pede ao Instituto Butantan que os grandes e médios centros urbanos tenham prioridade na vacinação.
O presidente da entidade, Jonas Donizette, prefeito de Campinas, sustenta que não há competição com a gestão de Eduardo Pazuello, ministro da Saúde. “O objetivo é tentar garantir à população que a vacina vai chegar o quanto antes. Não há tempo a perder”. O argumento é que, nestas cidades, vivem 61% dos habitantes. Juntas, elas respondem por 75% do PIB. O grupo reúne, além das 26 capitais estaduais, 386 cidades com mais de 80 mil habitantes.
A CoronaVac ainda não passou pelo crivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), seja para uso regular ou emergencial. A promessa do governo de São Paulo é apresentar até esta quarta-feira o resultado dos últimos testes feitos no Brasil, que vão estabelecer o percentual de eficácia do imunizante, para então submetê-lo à autorização para aplicação, simultaneamente junto à Anvisa e ao órgão análogo chinês.