Pelo menos 400 trabalhadores rodoviários de Canoas aderiram ao estado de greve, por 72 horas, a partir desta segunda-feira em razão do não pagamento do 13º salário, horas extras, parte do vale-alimentação e do salário referente a novembro. Entre 9h e 14h desta segunda, os funcionários da empresa Sogal pararam de trabalhar. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Canoas (Sitrocan), Marcelo Nunes há dívidas atrasadas desde fevereiro. A paralisação se definiu em assembleia realizada nesse sábado. Durante a tarde, a categoria liberou uma linha de ônibus para atender em cada bairro.
“Em respeito ao trabalhador, atendemos a população até as 8h30min desta segunda-feira. Depois disso, fizemos um ato com a parada dos veículos e voltamos a atender com frota reduzida. Durante toda a tarde permaneceremos parados e voltamos a circular no final da tarde, entre 17h e 17h30min, para deslocar o trabalhador para casa”, disse.
Nunes garantiu que se não houver diálogo com os trabalhadores ou apresentação de proposta no período de 72 horas, os rodoviários vão paralisar 100% os serviços, sem previsão de retorno. “O salário de novembro, que era para ter sido pago no dia 1º, ainda não foi depositado. Quanto ao 13º salário, não há qualquer tipo de sinalização. O trabalhador não vai mais trabalhar sem receber”, disse o presidente do Sindicato, que aguarda mediação com o Ministério Público.
A Prefeitura de Canoas, que não deve intervir na situação, informou que a empresa alega que o agravamento da crise decorreu da pandemia de coronavírus. Diretores da empresa Sogal (Sociedade de Ônibus Gaúcha Ltda) foram procurados, mas ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.