A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) publicou, na noite desta segunda-feira, a certificação de Boas Práticas de Fabricação da Sinovac, laboratório chinês responsável pela produção da CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan. O procedimento é um dos pré-requisitos para a continuidade tanto do processo de registro da vacina, quanto de um eventual pedido de autorização de uso emergencial do imunizante.
A equipe técnica da agência viajou à China para inspecionar a fábrica da Sinovac e concluiu, nesse fim de semana, a avaliação das informações complementares enviadas tanto pela empresa chinesa quanto pelo Butantan. Com isso, a certificação é antecipada em 10 dias em relação ao previsto. De acordo com nota da Anvisa, a etapa é “parte dos esforços contínuos da agência para disponibilizar vacinas para a população com qualidade, segurança e eficácia no menor tempo possível”.
Mais cedo, o governo paulista anunciou que o Butantan vai contar com 10,8 milhões de doses da CoronaVac até 31 de dezembro. A marca deve ser alcançada com o recebimento de 7,5 milhões de doses nas próximas semanas, em três voos vindos de Pequim, na China. O Butantan já trabalha no envase de mais de 3 milhões de doses cujos insumos chegaram nas últimas semanas. Os pedidos de registro definitivo e autorização de uso emergencial da CoronaVac vai ser apresentado à Anvisa na quarta-feira, junto com solicitações ao órgão regulador chinês. A Anvisa estipulou um prazo de dez dias para dar um parecer sobre o uso emergencial. Já o registro sanitário é mais demorado.