Praticamente seis em cada 10 brasileiros, cerca de 59%, pretendem poupar mais em 2021 do que faziam antes da pandemia do novo coronavírus. É o que consta na pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, disponibilizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o estudo, considerando a população que pretende poupar mais (ou iniciar poupança em 2021), a principal razão para guardar mais dinheiro, apontada por 54% dos entrevistados, é a vontade de ter recursos para usar em uma possível emergência.
Segundo o estudo, 28% da população que não guardava dinheiro antes da pandemia, passará a guardar no ano que vem.
Já os que poupavam e pretendem continuar poupando são cerca de 16%. Outros 15% que poupavam antes da pandemia, pretendem economizar ainda mais em 2021.
Por outro lado, quase um quarto da população, cerca de 24%, não guardava dinheiro antes da pandemia e continuará sem guardar.
Entre os que afirmaram que conseguiram guardar mais dinheiro ou gastar menos em relação ao período anterior à pandemia, para 56% o principal motivo está associado aos riscos e incertezas trazidos pela pandemia: “Não sabe quando as coisas voltarão ao normal”; “Reduziu gastos por precaução”; “Tem medo de perder sua renda”; ou “Tem medo de perder seu emprego”.
Outros 42% disseram que não tiveram como gastar por conta da quarentena/ isolamento social, ou seja, por não saírem de casa.
Esse percentual cresce de acordo com a renda e a escolaridade do entrevistado, alcançando 57% entre aqueles com renda familiar superior a cinco salários mínimos e 48% daqueles que tem ensino superior.
O levantamento é feito a partir de 2 mil entrevistas realizadas pelo Ibope Inteligência em 127 municípios no período 17 a 20 de setembro de 2020.