MP considera “inverossímil” nova versão apresentada pela mãe de Rafael Winques

Em audiência, Alexandra Dougokenski acusou o pai do menino de ter cometido o homicídio

Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

O Ministério Público do Rio Grande do Sul considerou “inverossímil” a nova versão apresentada por Alexandra Salete Dougokenski, mãe de Rafael Mateus Winques, 11 anos, ocorrida em maio deste ano em Planalto. Na audiência realizada nesta sexta-feira (19), na Comarca de Planalto, a ré negou que tenha cometido o crime e voltou a acusar o pai do menino pelo homicídio.

Conforme relato publicado pela página do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no Twitter, Alexandra disse que na madrugada da morte da criança o pai chegou armado na casa dela por volta das 3h, acompanhado de um homem, insistindo que o filho entrasse em seu carro. A mulher alega que ele perguntava se o namorado de Alexandra estava na residência.

“Temos convicção que ela matou o filho”, concluíram os Promotores de Justiça Michele Taís Dumke Kufner e Diogo Gomes Taborda, que participaram das audiências de instrução e julgamento do Caso Rafael. Ao ser presa, Alexandra confessou que matou o filho à Polícia Civil. Depois mostrou como tudo ocorreu durante a reconstituição do crime realizada pelo Instituto-Geral de Perícias junto com a Polícia Civil.

No total, foram 37 horas de audiências realizadas nos últimos sete dias, sendo ouvidas 24 pessoas entre os dias 9 e 18. “Se tudo transcorrer dentro da normalidade, esperamos que Alexandra vá a julgamento ainda no ano de 2021”, avaliaram os promotores de Justiça. A mãe de Rafael tornou-se ré em julho deste ano após ter sido denunciada pela promotora Michele por homicídio doloso quadruplamente qualificado cometido contra o filho.

Relembre o caso

Rafael Mateus Winques desapareceu em 15 de maio deste ano. O corpo foi encontrado dez dias depois, em uma caixa de papelão colocada no terreno da casa vizinha ao lado da que residia com a mãe e o irmão, no bairro Medianeira, em Planalto. A causa da morte indicada pela perícia foi asfixia mecânica, provocada por estrangulamento.