Vacinação em massa é capítulo mais importante da pandemia, diz Guedes

Ministro defendeu liberação de R$ 20 bilhões para imunização

Em apresentação do balanço de fim de ano da pasta, Guedes defendeu a liberação de R$ 20 bilhões para o programa de imunização. Foto: Edu Andrade/Ministério da Economia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que o momento mais importante no combate à pandemia de Covid-19 começa agora, com a vacinação em massa da população. O gestor comentou a situação do país em apresentação do balanço de fim de ano da pasta, onde defendeu a liberação de R$ 20 bilhões para o programa de imunização.

Guedes defendeu que a imunização seja opcional, mas ressaltou que as vacinas são importantes para sustentar a retomada da economia, garantindo a volta da população ao trabalho presencial. “Essa vacinação gratuita e voluntária é o que nós precisamos para que a asa da saúde bata ao mesmo tempo da asa da recuperação econômica”, afirmou.

Auxílio Emergencial

O ministro elogiou o Auxílio Emergencial. Segundo Guedes, o Brasil privilegiou a proteção da população no início da pandemia e conseguiu implementar um programa de transferência de renda mais rápido que muitos países. “Diversos países desenvolvidos ainda mandam cheque para a casa das pessoas”, disse.

Emprego

Guedes também elogiou o programa de suspensão de contratos e de redução de jornada durante a pandemia, que segundo ele, ajudou a preservação do emprego formal. Ele citou as estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e disse que o país pode encerrar o ano zerando a perda de empregos registradas durante a pandemia.

De janeiro a outubro, o Caged registrou a perda de 171,1 mil postos de trabalho formais. Até setembro, a eliminação de vagas estava em 558,6 mil. “Não sei se conheço outros países que conseguiram [em 2020] manter 33 milhões de empregos formais”, declarou.

Reformas

Apesar do aumento de gastos públicos em 2020, Guedes reiterou a defesa do compromisso com as reformas estruturais depois da pandemia. Destacou que, mesmo com a paralisação das discussões no Congresso nos últimos meses, a equipe econômica conseguiu recentes vitórias, como a aprovação da nova Lei de Falências.