Morreu na manhã desta sexta-feira, aos 77 anos, o jornalista, advogado e ex-diretor da General Motors (GM) em Gravataí, Marco Antônio Kraemer. Ex-repórter e ex-diretor de Redação do Correio do Povo, Kraemer sofreu um mal súbito enquanto dormia. O prefeito de Gravataí, Marco Alba, declarou luto oficial. O velório ocorre às 16h, restrito à família em função da pandemia do coronavírus.
Marco Antônio Kraemer cobriu o Exército Brasileiro para o Correio do Povo por 15 anos, durante a Ditadura Militar, guardando diversas histórias sobre o período. Em reportagem de 2017, contou sobre uma cobertura de atividades militares no interior do Estado dias antes de Emílio Médici ser anunciado presidente. “Eu não quero isso”, confidenciou o general, à época. Em 1977, Kraemer deixou o Jornal para trabalhar como assessor de imprensa dos governos dos generais Ernesto Geisel (1974-1979) e João Figueiredo (1979-1985).
Depois do Distrito Federal, Kraemer retornou para o CP, onde exerceu a função de diretor de Redação em 1986. “A grande paixão dele pelo jornalismo veio do Correio do Povo”, recorda a filha Daniela Kraemer. Mais tarde, o jornalista se tornou diretor de comunicação da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e, em 1997, o primeiro funcionário contratado da GM em Gravataí, onde atuou como diretor até completar 65 anos e passar a função para a filha Daniela, que até hoje atua na empresa. Após a aposentadoria da GM, Marco Antônio Kraemer ainda trabalhou no Grupo Dimed e exerceu a advocacia.