Justiça eleitoral suspende cassação de prefeito e vice eleitos em Bento Gonçalves

Julgamento do caso não deve ocorrer neste ano

Diogo e Amarildo poderão assumir a prefeitura a partir de 1º de janeiro de 2021. Foto: Diego Frigo/Divulgação

A juíza eleitoral Romani Dalcin suspendeu a cassação da chapa dos candidatos eleitos a prefeito e vice de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira e Amarildo Lucatelli, da coligação Gente que faz Bento (PSDB/Progressistas/Republicanos). Com a decisão suspensiva, Diogo e Amarildo, além de diplomados, poderão assumir a prefeitura a partir de 1º de janeiro de 2021, uma vez que o julgamento do caso não deve ocorrer até o fim do ano.

Conforme a denúncia feita pela coligação Bento Unido e Forte (MDB, PL e Patriotas), dos então candidatos Alcindo Gabrielli (MDB) e Evandro Speranza (PL), Diogo e Amarildo haviam sido beneficiados com divulgações realizadas nos canais de comunicação da prefeitura de Bento Gonçalves. A ação começou a tramitar antes do pleito. Na ocasião, a Justiça proibiu a administração de seguir divulgando obras, durante e depois do pleito.

O advogado da coligação Gente que Faz Bento, Caetano Cuervo Lo Pumo, disse que por enquanto há uma sentença de primeiro grau contra a qual interpôs recurso. “Nesse caso, como aliás costuma ser no direito em geral, os recursos contra sentenças de primeiro grau são recebidos no efeito suspensivo. Ou seja, quando o recurso é interposto a decisão da sentença fica suspensa, permitindo que o Tribunal reavalie. Assim, Diogo vai ser diplomado e assumir normalmente o cargo”, explicou o advogado de defesa.

Apesar do adiamento, o processo vai ser julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) e pode manter a decisão inicial da juíza, ou seja, optando pelas cassações. “Estamos confiantes que o Tribunal vai alterar a decisão proferida na origem, permitindo que o candidato escolhido nas urnas pelo povo de Bento possa representá-lo”, finalizou o advogado.