A chuva torrencial e os ventos fortes, acima de 80 km/h, que atingiram Porto Alegre na tarde deste domingo deixaram um rastro de destruição em várias regiões da cidade. Conforme balanço parcial da Defesa Civil, não houve vítimas por conta do temporal, mas pelo menos 12 casas ficaram destelhadas, principalmente em bairros das zonas Leste e Sul. Na zona Norte, fios de energia rompidos, árvores estraçalhadas, alagamentos e semáforos inoperantes deram a dimensão dos estragos provocados pela tempestade, que durou cerca de meia hora.
Em outras localidades, galhos de árvores tomaram as ruas e provocaram momentos de tensão para motoristas e moradores. A Metsul Meteorologia informou que em alguns pontos de Porto Alegre choveu perto de 40% da média de chuva de todo o mês. A média histórica de dezembro na Capital é de 101 mm.
Os transtornos causados pela ventania e a chuva – após calorão e temperaturas acima de 34 graus – também foram registrados em outras zonas da cidade: Leste, Sul e Centro Histórico.
Conforme a Metsul, o vento chegou a 87 km/h na medição da Força Aérea Brasileira no Aeroporto Salgado Filho, na zona Norte da Capital, e os acumulados de precipitação foram significativos no curto período.
A Metsul informou que os pluviômetros registraram, em apenas uma hora, 39 mm na Restinga, 37 mm na Cidade Baixa e 27 mm no Partenon. Na estação do Jardim Botânico do Instituto Nacional de Meteorologia foram 37 mm em uma hora.
Prefeitura emite balanço
Perto das 20h, a Prefeitura de Porto Alegre emitiu um balanço sobre as ações tomadas em razão do temporal e quantificando os estragos deste domingo:
Defesa Civil – Dados parciais apontaram que pelo menos 12 casas foram destelhadas, sendo sete ocorrências em atendimento até as 18h. As zonas Leste e Sul foram as mais afetadas, conforme o órgão.
Serviços Urbanos – Até as 18h30, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) registrou pelo menos 16 casos envolvendo quedas de árvores ou galhos de grande porte, em atendimento pelas Equipes de Manejo Arbóreo (EMA). Em alguns pontos, pode haver pendência da coleta dos resíduos, já que a prioridade das ações é para locais onde há riscos à população, vias de grande circulação ou com bloqueio total ou parcial. Equipes de zeladoria urbana do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) também fazem a varrição, lavagem e recolhimento de lixo espalhados pelo evento climático.
Abastecimento e drenagem – A forte chuva em pouco tempo causou pontos de alagamento na cidade, e aliada à queda de energia, instabilidade ao sistema de abastecimento e de drenagem. Ainda não há previsão de retomada e normalização. No fim da tarde, havia mais de 70 bairros sem água.
Transporte e Circulação – A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) registrou, até as 18h30min, dois pontos de alagamento com bloqueio total de via e oito pontos de acúmulo de água com bloqueio parcial. Também foram registrados um bloqueio total por poste caído na via e outro por queda de vegetal, além de quatro locais com galhos na pista sem bloqueio da via, e 17 conjuntos semafóricos sem funcionamento em razão da falta de energia. As equipes de fiscalização e manutenção elétrica da EPTC foram reforçadas e deslocadas para os pontos mais críticos e com mais risco de acidentes para monitorar a circulação, restaurar a sinalização e auxiliar os usuários.
Como pedir ajuda
A prefeitura solicita a colaboração da população para que faça o registro das demandas via Sistema Fala Porto Alegre, pelo fone 156, app #EuFaçoPOA ou site, para que os técnicos tomem conhecimento dos casos e possam programar os atendimentos com a maior brevidade possível.
