Mais de 150 agentes da Polícia Federal cumpriram 62 ordens judiciais na manhã desta quinta-feira, 10, com objetivo de combater fraudes no auxílio emergencial. As ações ocorreram simultaneamente em 14 estados, incluindo o Rio Grande do Sul, e é considerada a maior operação contra irregularidades no recebimento do benefício. Durante a operação, denominada de Segunda Parcela, foi determinado o bloqueio de valores de até R$ 650 mil, em diversas contas que receberam benefícios fraudados.
No Rio Grande do Sul, a Polícia Federal cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Viamão. A investigação no Estado partiu de informações repassadas pela Caixa Econômica e apurava os crimes de furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A partir daí, foi descoberto que um grupo criminoso teria lesado, pelo menos, 39 benefícios. Grande parte desses recursos obtidos de forma ilícita foi destinada ao comércio eletrônico, por meio das plataformas gerenciadoras de pagamentos.
Além da Polícia Federal e da Caixa, a operação contou com a participação de diversos órgãos, como o Ministério Público Federal, o Ministério da Cidadania, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União, que fazem parte de uma Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial. Até o momento, este grupo de trabalho detectou, bloqueou ou cancelou o cadastramento de mais de 3,8 milhões de pedidos irregulares, deixando de pagar R$ 2,3 bilhões a pessoas que não têm direito ao benefício.