A Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) apresentou nesta quinta-feira, 10, as perspectivas para a economia gaúcha para 2021. Com previsão de cenário otimista, a Federasul aponta um crescimento de 4,9% do PIB estadual no ano que vem.
De acordo com a entidade, o desempenho será possível graças, principalmente, ao crescimento de quase 20% na agricultura. Apesar de prever um cenário positivo para 2021, a alta no PIB gaúcho não será suficiente para recuperar a queda de 7,0% prevista para este ano em decorrência da pandemia.
Segundo a presidente da Federasul, Simone Leite, que ficará à frente da entidade até o final deste ano, a grande aposta para a recuperação econômica será com a retomada de planos de privatizações e reformas em nível estadual.
“Nós gostaríamos muito que houvesse agilidade também nos processos de privatizações. Já foram autorizadas lá no governo Sartori muitas concessões e as privatizações na eminência de acontecer, mas elas precisam ser realizadas. Nós precisamos ter dinheiro novo no Rio Grande do Sul e, especialmente, na questão das concessões, mais obras de infraestrutura e, consequentemente, a arrecadação que vem dessas obras. Então, com relação a esta avaliação, novamente eu reitero: a classe produtiva está fazendo o que está ao seu alcance. estamos fazendo o tema de casa, levantando a cabeça e seguindo em frente. Agora o governo, se não pode auxiliar, que também não atrapalhe”.
No entanto, ele acredita que a possibilidade de aumento de tributos proposta pelo governo do Estado que foi protocolada na Assembleia Legislativa é algo que provoca um alerta na classe empresarial.
“Isso é algo completamente equivocado. Isso não traz competitividade, pelo contrário, isso faz com que as empresas saiam do Rio Grande do Sul para empreender e gerar riqueza em outros estados também”.
Durante o balanço apresentado pela Federasul, também foi exposta a previsão para o cenário econômico brasileiro. De acordo com a entidade, a tendência é de que o Brasil feche 2021 com um PIB de 3,8%. Além disso, a economia nacional deve ser impactada diretamente pelo desempenho do mercado externo.
