Governo de SC confirma prisão de 14 suspeitos por assalto em Criciúma

Autoridades reiteraram que grupo criminoso fugiu com cerca de R$ 80 milhões da agência bancária

Forças de segurança envolvidas na investigação sobre o roubo a banco ocorrido em Criciúma, em Santa Catarina, confirmaram, na tarde desta quarta-feira, que aproximadamente R$ 80 milhões foram levados da instituição e que 14 suspeitos foram presos até o momento. Com o uso de explosivos, uma quadrilha com cerca de 30 assaltantes cometeu o crime em 1º de dezembro. O montante roubado havia sido divulgado, no início do mês, pelo programa Balanço Geral, da NDTV Record SC Florianópolis.

Os detalhes foram revelados em uma entrevista coletiva, realizada na sede do 19º Batalhão da PM local. Participaram chefes de órgãos como Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público Estadual, além do prefeito reeleito de Criciúma, Clésio Salvaro, do PSDB, e do governador catarinense, Carlos Moisés, do PSL.

Segundo o delegado Anselmo Cruz, diretor da Delegacia Estadual de Investigações Criminais de Santa Catarina (Deic-SC), as autoridades policiais que compõem a força-tarefa criada para elucidar o crime também cumpriram, nesta quarta-feira um mandado de busca e apreensão no Ceará a partir da prisão de um dos suspeitos. O delegado revelou ainda que a Polícia Civil apura a possibilidade que os criminosos tenham alugado um imóvel nas proximidades da agência do Banco do Brasil para monitorar mais de perto a rotina do alvo.

“Passamos a primeira semana recebendo informações. É possível e provável que houvesse algum apartamento ocupado nas proximidades da agência bancária e que os criminosos tivessem usado durante meses para monitorar o banco. Nós ainda não identificamos esse imóvel. Pedidos o auxílio da população. Um crime aconteceu. Várias histórias estão relacionadas com esse crime”, revelou o delegado Anselmo Cruz.

No entanto, o chefe da Polícia Civil catarinense negou que o roubo tenha sido planejado e executado sob o comando de integrantes da facção criminosa paulista PCC. Um dos suspeitos, preso em Gramado, no Rio Grande do Sul, conhecido como Buda, teve suposto envolvimento na tentativa de resgate de Marcola, apontado como o principal líder do PCC, ocorrida em 2019. “Não há um elemento que se trata de uma ação coordenada pela facção. Se trata mais de uma questão de parceria, digamos assim”, afirmou.

O superintendente da Polícia Federal em Santa Catarina, Ricardo Cubas, reafirmou que a instituição conduz um inquérito para apurar o financiamento e a participação de facções criminosas de fora do estado catarinense. “O trabalho da PF é buscar nos bancos de dados, nas delegacias especializadas, outros eventos que ocorreram de forma parecida, qual arma foi utilizada, o modus operandi, indícios dessas pessoas presas em organizações criminosas com passagens em outros crimes em outros estados”, completou o delegado federal.

O soldado da PM de Criciúma, Jeferson Esmeraldino, atingido por um tiro de fuzil durante o confronto com a quadrilha, segue internado em estado grave.