Em meio ao aumento da inflação de alimentos que começa a estender-se a outros setores, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 2% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.
Com a decisão de desta quarta-feira, a Selic se mantém no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. Em julho de 2015, a taxa chegou a 14,25% ao ano. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegar a 6,5% ao ano em março de 2018. Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto deste ano.
Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos 12 meses terminados em novembro, o indicador fechou em 4,31%. Em aceleração por causa da alta dos alimentos, o IPCA ultrapassou, no acumulado de 12 meses, o centro (4%) da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Isso não ocorria desde fevereiro deste ano.
