Os dezesseis jogos de invencibilidade do Grêmio nas três competições que o clube disputa são resultado de diversas variantes. E uma das principais é a reorganização do time. Renato Portaluppi trocou peças, ganhou opções e conseguiu fazer com que a equipe retomasse o bom futebol. A preparação física, antes contestada, já não sofre mais críticas. Organizado, o time agora “corre certo”, como se diz na gíria do futebol.
O treinador deu sequência ao seu sistema de jogo preferido, com dois volantes e um meia de criação (Jean Pyerre), além de dois jogadores abertos pelas pontas e um centroavante de ofício. “A gente vinha conseguindo pontos importantes mesmo com vários jogadores fora do time. Quando voltassem, eu sabia que o Grêmio ficaria forte e voltaria a jogar bem, para mim não é surpresa”, diz Renato.
Os números também compro-van que a equipe encontrou o ponto de equilíbrio. Além das 13 vitórias e três empates na sequência invicta, o Grêmio marcou 29 gols e sofreu apenas oito, com um aproveitamento de 87,5%. Amanhã, o bom momento será colocado à prova no con- fronto de ida contra o Santos, na Arena, pelas quartas de final da Libertadores da América. Trata-se do jogo mais importante da temporada até aqui. Largar em vantagem jogando em casa é fundamental. Renato deverá manter algumas dúvidas até uma hora antes da partida.
A principal delas envolve o zagueiro Walter Kannemann. O argentino não atua pelo Grêmio desde o dia 6 de novembro, na vitória sobre o Juventude, pela Copa do Brasil. Recuperado de dores musculares, ele fica à disposição. A falta de ritmo de jogo, no entanto, é um obstáculo. Matheus Henrique tem vaga garantida no meio-campo.
Mas Darlan e Maicon disputam um lugar entre os titulares. Jean Pyerre, que deixou o jogo diante do Guaraní sentindo um problema, deve ser confirmado. Renato já adiantou que nenhuma informação será revelada a respeito das condições do camisa 10. Hoje, o treinador comanda o último trabalho antes do jogo.
