Porto Alegre vive mais uma fase de alta em número de internações e casos novos de coronavírus. Nas últimas três semanas, o número de casos ativos, aqueles que ainda possuem o vírus e fazem isolamento, em casa ou na rede hospitalar, quase dobrou. Nesta sexta-feira, a marca se aproximou de 11 mil. Eram 10.864 pacientes em tratamento, conforme a parcial dessa tarde. Há 21 dias, em 13 de novembro, eram 5.676.
O aumento do contágio, que eleva o número de casos ativos, também se reflete nas UTIs da cidade. Na noite desta sexta, havia 280 infectados e 30 suspeitos internados em setores de terapia intensiva. Em 13 de novembro, eram 232 pacientes confirmados e 18 suspeitos ocupando o mesmo tipo de leito.
Em comparação com a semana seguinte, de 20 de novembro, os casos ativos apresentaram uma leve redução, mas as internações se mantiveram estáveis. Na sequência, no dia 27, o total de casos ativos já era de 7.927, com 262 positivos e 16 suspeitos em tratamento nas UTIs.
Nessa quinta-feira, o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, reconheceu uma alteração na tendência de estabilidade nas novas infecções e reiterou que o momento é de “alerta” em Porto Alegre. “Tivemos alguns feriados, a campanha eleitoral e a queda que vinha ocorrendo até outubro teve uma reversão, especialmente no início de novembro”, apontou. “Esse é o momento mais difícil porque diferente de julho e mesmo de março quando fizemos as primeiras suspensões de procedimentos, estamos com nove meses de muita coisa represada no atendimento à saúde.”
Compare os números de cada semana
04.12 – 10.864 casos ativos – 1.606 óbitos – 280 internados e 30 suspeitos
27.11 – 7.927 casos ativos – 1.522 óbitos – 262 internados e 16 suspeitos
20.11 – 5.620 casos ativos – 1.461 óbitos – 232 internados e 14 suspeitos
13.11 – 5.676 casos ativos – 1.391 óbitos – 232 internados e 18 suspeitos
Rio Grande do Sul vive pico de contaminações
O mês de novembro também teve aumento em infecções em todo o Rio Grande do Sul.
Em duas oportunidades o estado renovou o auge de contágios pela doença, superando pela primeira vez a marca de 20 mil contaminações em uma semana.
Como a Secretaria Estadual da Saúde (SES) atualiza os números de maneira retroativa, os dados deste período, o mais crítico em casos da doença até aqui, ainda podem crescer mais. Anteriormente, o recorde ocorreu entre 31 de julho e 7 de agosto, com 15 mil casos, em um momento com mais fatalidades e de maiores restrições por parte do governo estadual.
Nesta sexta-feira, havia 824 pacientes com a Covid confirmada em UTI 192 com suspeita de infecção pelo coronavírus. A taxa de ocupação ficou acima de 80% pelo quarto dia seguido.