Depois de um período de estabilidade nas contaminações pela Covid-19, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) vem registrando crescimento significativo em novos casos da doença. Após superar o pior momento da pandemia, em julho, e registrar 19.746 infectados na segunda semana de novembro, a pasta confirmou que o pico de contágios voltou a ser batido. Foram 20.199 diagnósticos positivos na semana seguinte.
Como a SES atualiza os números de maneira retroativa, os dados das semanas 46 e 47, as duas mais críticas em casos da doença até aqui, ainda podem crescer mais. Anteriormente, o recorde havia ocorrido entre 31 de julho e 7 de agosto, em um momento com mais fatalidades e de maiores restrições por parte do governo estadual.
O aumento de testes positivos e de casos ativos – hoje em 20.970 – provocou uma reversão na tendência da curva dos óbitos semanais pela doença. Mesmo que ainda longe do auge de 414 vítimas fatais em sete dias no mês de julho, os óbitos semanais voltaram a avançar desde a semana epidemiológica 46, quando 216 pacientes vieram a óbito em sete dias. A partir de então, o número seguiu se expandindo, com 270 e 295 vítimas fatais respectivamente.
Todos esses dados – crescimento de casos e óbitos – se refletem no sistema de saúde do Rio Grande do Sul. Atualmente, há 799 casos confirmados e 161 suspeitos em tratamento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com uma taxa de ocupação de 80,5%.
Em relação a mortes, pelo menos 372 cidades gaúchas já identificaram ao menos uma, desde o começo da pandemia. Das 497, 125 ainda não tiveram fatalidades.