Decreto estadual autoriza ampliação da capacidade no transporte metropolitano

Fica permitida ocupação total dos assentos em veículos executivos e de até 70% em linhas comuns

Foto: Fernanda Bassôa / Especial

Apesar das mudanças anunciadas no modelo de Distanciamento Controlado, como a suspensão temporária do sistema de cogestão e alterações em protocolos de bandeira vermelha (risco epidemiológico alto), o governo gaúcho publicou decreto na quarta-feira que permite a ampliação do limite de lotação do transporte metropolitano. Com a medida, fica permitida a ocupação total dos assentos em veículos executivos e de até 70% deles em linhas comuns, nos mesmos moldes do funcionamento em bandeira laranja.

A medida atende a um pedido da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). Dirigentes da entidade se reuniram ainda na terça-feira com representantes do Gabinete de Crise para explicar a necessidade de manter o mesmo percentual de ocupação das linhas para poder atender à demanda, mesmo com a vigência da bandeira vermelha. Diretor de Transportes Metropolitanos da Metroplan, Francisco Horbe disse que as novas restrições nos horários de funcionamento de setores como comércio e indústria devem ter pouco impacto para quem precisa de ônibus.

Horbe ressalta que a medida visa, justamente, atender à demanda de trabalhadores do comércio e da indústria. A diretoria da Metroplan reforça que a partir do dia 20 deste mês há redução ‘natural’ de passageiros devido à proximidade do Natal e do Ano-Novo. “Em média, fazemos 5 mil viagens por dia, o que equivale a transportar 180 mil passageiros na região Metropolitana. Estamos no limite operacional por conta das restrições”, observa.

O dirigente alerta que não houve redução da demanda pelos serviços e que as empresas querem manter os 6 mil funcionários, sem demitir. “Não teríamos capacidade de atender só pessoas sentadas. Por isso solicitamos ao Gabinete de Crise que mantivéssemos as mesmas capacidades para transporte da bandeira laranja”, esclarece. Conforme Horbe, reduzir a capacidade dos veículos exigia mais mil viagens por dia. “E não temos capacidade”, completa.