Caso Naiara: TJ prevê que julgamento do réu confesso em assassinato se estenderá até a noite

Juliano Vieira Pimentel de Souza responde pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver

Foto: Arquivo Pessoal

O homem que confessou ter estuprado, assassinado e ocultado o corpo de Naiara Soares Gomes, de 7 anos, está sendo julgado nesta quarta-feira (2) em Caxias do Sul. A sessão, presidida pelo juiz Silvio Viezzer, acontece de portas fechadas desde as 9h. A medida foi tomada em decorrência do processo tramitar em segredo de justiça, por se tratar de crime contra a dignidade sexual de uma criança.

Estão presentes no local apenas o magistrado, sua assessoria, jurados e representantes da acusação. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), a previsão é de que o julgamento seja encerrado ainda hoje, por volta das 21h. Juliano Vieira Pimentel de Souza, de 34 anos, responde pelos crimes de homicídio qualificado, estupro (por duas vezes) e ocultação de cadáver e pode ser condenado a mais de 33 anos de prisão.

“Além da confissão do acusado, uma série de provas foram produzidas. Provas técnicas, periciais, que revelam a conduta principal – que é a do assassinato da menina – e, também, o estupro. Por fim, a ocultação do cadáver”, afirmou o promotor do Ministério Público, João Francisco Ckless Filho, em entrevista à RecordTV RS.

O júri deve ouvir quatro testemunhas, arroladas pelo MP, responsável pela acusação. Em seguida, o réu também será interrogado. “Há provas suficientes das condutas dele, e esperamos conseguir mostrar para os jurados exatamente aquilo que foi praticado na data. Enfim, a expectativa é muito positiva”, finalizou o promotor.

Relembre o caso

Naiara desapareceu em 9 de março de 2018, quando ia de casa para a escola. O acusado foi preso dias depois e apontou o matagal onde o corpo da menina estava escondido. Desde então, ele segue preso em regime fechado. O laudo pericial apontou que Naiara foi assassinada por asfixia mecânica e por uma fratura na cervical.

Quando confessou o crime, Juliano Vieira Pimentel de Souza disse ter colocado uma camiseta sobre a boca da menina para abafar o choro, o que provocou a morte da criança. Ela havia sido atraída pelo acusado com um ursinho, e foi estuprada e morta na casa dele. O corpo foi encontrado dias depois nas proximidades da represa do Faxinal.