Sem nenhum leito disponível na UTI, Moinhos de Vento mantém restrições em emergência

Setor não recebe pacientes com suspeita de Covid-19 há 18 dias

Foto: Guilherme Almeida/Correio do Povo

Com todos os 62 leitos de tratamento intensivo ocupados, o Hospital Moinhos de Vento, localizado na zona Norte de Porto Alegre, renovou por mais 72 horas as restrições de acesso à emergência da instituição. O espaço está fechado, há 18 dias, para casos leves de Covid-19 e pacientes com suspeita de infecção por coronavírus.

Segundo o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Capital, 25 pessoas diagnosticadas com a doença estão internadas na UTI do Moinhos. Há, ainda, outros dois casos suspeitos sob cuidados intensivos no local. Outros seis pacientes aguardam, na emergência, a abertura de um leito.

A restrição será reavaliada na quinta-feira. Até lá, a emergência do Moinhos só irá receber casos graves de Covid-19 e pessoas sem suspeita de infecção por coronavírus, priorizando os pacientes com maior necessidade de atendimento. Em comunicado, o hospital afirmou que a medida tem como objetivo “manter a excelência nos serviços prestados”.

Clínicas também enfrenta situação delicada

Referência no combate à pandemia em Porto Alegre, o Hospital de Clínicas também está operando próximo ao limite desde a chegada da segunda onda de Covid-19 à Capital. Nessa segunda-feira (30), a instituição anunciou a retomada de restrições na tentativa de evitar a superlotação das instituições.

Com isso, os setores que ainda não haviam tido as atividades flexibilizadas vão continuar inativos, e novos agendamentos de cirurgias foram suspensos. Os procedimentos já marcados serão reavaliados, mantendo-se apenas aqueles sem possibilidade de adiamento. O Clínicas incentiva, ainda, a prática de teleconsultas em casos não-emergenciais.

Dos 147 leitos de tratamento intensivo disponíveis no hospital, 114 estão ocupados e 15 bloqueados. Desses, 56 foram diagnosticados com a Covid-19 e 4 aguardam confirmação. A taxa de ocupação é de 87,7%. Há, ainda, 13 pessoas aguardando uma vaga na UTI – sendo quatro delas infectadas pelo coronavírus.