A investigação sobre a explosão de um banco, que configurou o assalto de maiores proporções da história de Santa Catarina, começou hoje e deve ser “longa e meticulosa”, segundo o delegado-geral da Polícia Civil catarinense Paulo Koerich. Em coletiva à imprensa hoje, ele relatou que as forças de segurança, com a ajuda de informações da população, seguem mobilizadas, com a perícia sendo realizada nos dez veículos apreendidos e no local do crime.
Da mesma forma, a polícia não apontou um prazo para a divulgação de laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP-SC). “Nós não podemos estimar que o trabalho acabe em uma hora ou um dia. Todas as evidências, os indícios, que lá são encontrados são devidamente fotografados e coletados. Todas as provas vão substanciar o inquérito policial”, apontou o delegado civil.
Koerich também falou sobre o conflito armado entre soldados e os criminosos, que resultou em um policial militar baleado e internado em estado grave de saúde. “Os policiais são treinados para protegerem as vidas. Se tivesse havido um confronto no centro da cidade, certamente teríamos várias pessoas lesionadas e até vidas perdidas.”
Semelhança com crime de Blumenau
Koerich disse haver semelhanças entre o crime ocorrido na noite de ontem em Criciúma e o ataque a carros-fortes no aeroporto de Blumenau, em março do ano passado. Na época, um grupo de criminosos armados atacou três blindados no aeroporto regional catarinense e abriu fogo contra os veículos, que abasteciam um avião de pequeno porte com malotes de dinheiro. O ataque deixou um feridos e um morto.
“Obviamente que esse crime que aqui aconteceu também teve um tempo de maturação, vamos assim dizer, e com isso lograram na busca por informações. As pessoas que fazem do crime o seu meio de vida, acabam por se misturar com as pessoas locais e com os moradores locais e, desta forma, obter informações da rotina de comércios, das agências bancárias, dos cidadãos de bem”, analisou o delegado, comparando com o caso ocorrido em março do ano passado, quando os responsáveis pelo crime ficaram por nove meses na cidade antes da atuação.