A Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha a investigação da morte de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por seguranças em uma loja do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, realiza uma série de diligências nesta terça-feira (01), na capital gaúcha.
No primeiro compromisso, às 9 horas, os deputados irão prestar condolências e solidariedade aos familiares de João Alberto. Em seguida, terão reunião com representantes de movimentos sociais da cidade e encontro com a bancada de vereadores negros de Porto Alegre. Às 11 horas, participam de audiência com o superintendente regional da Delegacia de Polícia Federal no Rio Grande do Sul, delegado José Antônio Dornelles de Oliveira.
Pela tarde, a Comissão Externa tem audiência, às 15 horas, da qual participam o governador do estado, Eduardo Leite; o secretário de Segurança Pública e também vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior; o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen; a chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Tagliari Farias Anflor; e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rodrigo Mohr Picon. Às 17 horas, os deputados têm audiência com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, desembargador Voltaire de Lima Moraes.
Também está prevista audiência com o presidente do Grupo Carrefour no Brasil, Noel Prioux, ainda sem hora e local confirmados.
A comissão é coordenada pelo deputado Damião Feliciano (PDT-PB). Integram também a comissão: Benedita da Silva (PT-RJ), Bira do Pindaré (PSB-MA), Silvia Cristina (PDT-RO), Áurea Carolina (Psol-MG) e Orlando Silva (PCdoB-SP).
O caso
A morte de Beto, um homem negro, resultou em repercussão internacional em razão das circunstâncias das agressões. Ele foi morto após ser espancado e supostamente sufocado por dois seguranças do hipermercado no mês passado.
Depois do assassinato de João Alberto, manifestações foram realizadas diante de lojas do Carrefour em várias cidades do país, incluindo o estabelecimento onde o crime foi registrado. Os dois seguranças envolvidos nas agressões e uma fiscal da unidade varejista seguem presos preventivamente.