Réu confesso do estupro e da morte da menina Nayara Soares Gomes, em março de 2018, em Caxias do Sul, Juliano Vieira Pimentel de Souza vai a júri popular na quarta-feira, 33 meses após o crime. O caso tramita em segredo de Justiça por se tratar de criança vítima de crime sexual.
Conforme determinação da Justiça, o júri ocorre a portas fechadas para o público e a imprensa. Apenas o magistrado, o réu e os defensores, o representante do Ministério Público e da Assistência de Acusação e os jurados poderão ter acesso ao local. O promotor João Francisco Ckless Filho atua em plenário representando a acusação.
Souza vai ser julgado pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio triplamente qualificado (por asfixia; uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime) e ocultação de cadáver.
O réu permanece isolado, em uma cela da Penitenciária de Canoas (Pecan) 2, desde 21 de março de 2018.
Crime
Nayara, de 7 anos, desapareceu em 9 de março de 2018 enquanto fazia, a pé, o trajeto até a Escola Municipal Renato João Cesa, no bairro São Caetano, em Caxias do Sul, na Serra. Durante o caminho, o suspeito a abordou em um Fiat Pálio de cor branca.
Souza confessou ter abusado de Nayara e a matado, ainda no dia 9. A menina teve o corpo encontrado nas proximidades da represa Faxinal, 12 dias após o crime.