Pesquisa vai avaliar comportamento dos gaúchos com relação a ISTs e HIV-ais

Em 56 municípios, serão entrevistadas cerca de 8,2 mil pessoas

Foto: Cristine Rochol / PMPA / Divulgação

Começou hoje a ser aplicada, no Rio Grande do Sul, a Pesquisa de Conhecimentos Atitudes e Práticas (PCAP), a fim de entender o que a população gaúcha conhece e como se comporta com relação a Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e ao HIV-aids.

O trabalho de campo teve início em Pelotas e Capão do Leão. A previsão de término é no fim do primeiro semestre de 2021, com divulgação dos resultados no segundo. Em 56 municípios, serão entrevistadas cerca de 8,2 mil pessoas.

Também chamada de Projeto Atitude, a pesquisa resulta de uma parceria entre o Hospital Moinhos de Vento, Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde (SES), com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Além de responder a questionamentos, os participantes serão testados para HIV, sífilis e hepatites B e C.

O principal objetivo é identificar fatores comportamentais e relativos aos conhecimentos que contribuem para a manutenção de altos índices de infecção pelo HIV e outras ISTs no Rio Grande de Sul. É a primeira vez que um estudo desse tipo ocorre no estado, sendo que, com testagem junto às entrevistas, a primeira vez no país.

Conforme os dados de 2019, o RS se mantém em terceiro lugar no ranking nacional de casos de aids, com 28,3 casos para 100 mil habitantes. Nos últimos dez anos, o índice caiu 34,6%. Em 2009 foram 43,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

No que se refere à mortalidade, a taxa estadual também baixou 35% nos últimos 10 anos, passando de 11,7 por 100 mil em 2008 para 7,6 por 100 mil em 2019. A taxa segue superior à média nacional, mas pela primeira vez saiu da primeira colocação no ranking.