O custo para se eleger vereador em Porto Alegre em 2020 variou de R$ 0,00 a R$ 62,03. O cálculo é resultado da divisão entre os recursos arrecadados e os votos recebidos de cada eleito ou reeleito no dia 15 de novembro. Os valores, que ainda vem sendo atualizados por parte dos parlamentares, foram obtidos no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no final da tarde desta sexta-feira. Os eleitos têm até o dia 15 de dezembro para prestação de contas final, mas a tendência é de que a maioria utilize todas as receitas, que vêm de doações partidárias e individuais.
Escolhido por 5.101 porto-alegrenses – o 15º mais votado desta disputa -, Kaka D’Ávila (PSDB) foi o único vereador eleito a não declarar nenhuma receita. Ele afirma que optou por não receber recursos por considerar desperdício de recursos, além de achar que os materiais publicitários acabam causando poluição. “Acredito que as pessoas não vão votar pelo número de santinhos que tem na rua”, afirma D’Ávila, que nos últimos meses foi às ruas com cartazes feitos por ele próprio com seu nome, número e a informação: “único candidato que não usa santinhos, bandeiras, adesivos, comitê e carreata”.
Depois do tucano, a vereadora eleita com menos recursos arrecadou R$ 7.620,5. Com 3.715 votos recebidos, Daiana Santos (PCdoB) foi eleita, portanto, com um custo de pouco mais de R$ 2,00 por voto. Cada um dos 15.702 votos da candidata mais votada desta eleição, a vereadora Karen Santos (PSol), teve um custo calculado em R$ 12,80, já que durante a campanha ela arrecadou mais de R$ 201 mil.
Apesar de ter sido quem mais recebeu recursos nesta eleição municipal, com pouco mais de R$ 285,7 mil – o limite de gastos é de R$ 489.142,84 -, Alexandre Bobadra (PSL) é o segundo da lista de voto “mais caro”. Seguindo a mesma razão entre receita e votos recebidos, cada voto de Bobadra teve um custo de R$ 60,76, ficando atrás dos R$ 62,03 de Claudio Janta (Solidariedade). Apesar de ter tido quase a metade da receita do representante do PSL, a reeleição de Janta se tornou mais cara porque ele foi o menos votado dos 36 eleitos, com 2.394 votos.
A lista continua com Mariana Pimentel (Novo), com custo de R$ 52,28; Roberto Robaina (PSol), com R$ 51,44; Psicóloga Tanise Sabino (PTB), R$ 50,2, e Cezar Schirmer (MDB), com R$ 45,94. Os valores têm a primeira queda brusca com Mônica Leal (PP), cujos votos para reeleição custaram R$ 27,07.