A unidade do Carrefour instalada na avenida Plínio Brasil Milano, no bairro Passo D’Areia, Zona Norte de Porto Alegre, voltou a receber clientes na manhã desta segunda-feira (23). O supermercado passou três dias de portas fechadas após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte no estacionamento do estabelecimento.
O local voltou a funcionar às 8h e recebeu poucos consumidores nas primeiras horas após a retomada das atividades. No lado de fora, funcionários de uma empresa contratada pelo Carrefour ainda fazem reparos no prédio – alvo de protestos que culminaram em focos de incêndio e depredações na última sexta-feira.
As frases que estampavam as paredes do prédio desde o fim a última semana, pedindo por justiça e pelo fim do racismo, já foram apagadas. Também não há mais resquícios do pequeno memorial que havia se formado no local, contendo arranjos de flores e outras homenagens à vítima.
Investigações do caso continuam
A Polícia Civil ainda trabalha na conclusão do inquérito do caso. Testemunhas foram ouvidas entre o sábado e o domingo, e há a expectativa de que os dois seguranças – presos preventivamente – prestem depoimento nos próximos dias. O relatório, que está sob os cuidados da delegada Roberta Bertoldo, deve ser entregue em cinco dias.
João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte enquanto uma outra pessoa filmava o acontecido. Testemunhas alegam que a vítima fez um gesto com as mãos a uma funcionária do Carrefour, fato que teria iniciado a confusão. Segundo o Instituto-Geral de Perícias (IGP), a provável causa do óbito foi asfixia.
